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Autor: R. J. Palacio Editora: Intrínseca Ano de Edição: 2013 Numero de Páginas: 313 |
“Sei que não sou um garoto de dez anos comum. Quer dizer, é claro que faço coisas comuns. Tomo sorvete. Ando de bicicleta. Jogo bola. Tenho um Xbox. Essas coisas me fazem ser comum. Por dentro. Mas sei que as crianças comuns não fazem outras crianças comuns saírem correndo e gritando do parquinho.”
August Pullman nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma deformidade no seu rosto, causa que o levou a uma série de cirurgias, fazendo assim com que ficasse impossibilitado de ir à escola e recebendo educação através da sua mãe em sua própria casa...Porém chegou a hora de crescer e então encarar mais este desafio, todo mundo sabe que ser um aluno novo não é fácil, mas em certas condições, é ainda mais desafiador. Um desafio não só de August como de todos aqueles que convivem e o protegem.
Desde a primeira vez que eu ouvi a resenha sobre este livro no vlog
Minha Estante eu fiquei curioso sobre a história e depois veio a resenha do
Cabine Literária,
e então eu fiquei doido atrás deste livro, depois de um certo tempo não me contive e comprei e devo confessar, que foi uma das melhores aquisições que eu havia feito. August me fez rir muito, fez meu coração se encher de raiva com crianças de 10 anos pela forma como o tratavam e eu me apaixonei...
Sim eu sou aquele bocó que sempre se apaixona pelo livro, mas é a vida né não? (kk)
Eu me apaixonei por este livro por vários fatores, a R. J. Palacio brincou com esta obra de uma forma que não houve como não nos prender, entre vários capítulos curtos e uma linguagem bem leve, R.J. nos mostrou a perspectiva de vários personagens importantes, todos em primeira pessoa. Já ouviram falar de como é arriscado trabalhar um livro em primeira pessoa? Pois é, eu ouço muito isso nas resenhas que escuto e apesar dos pesares eu me senti totalmente apto a dizer que sim, ela brincou, escreveu e driblou todos os obstáculos.
Como toda criança tímida August tem dificuldades em fazer amizades, solicitado pelo Sr. Buzanfa (diretor do colégio), Jack Will, Julian e Charlotte no fim de suas ferias para mostrar a escola e assim fazer uma interação com seus futuros colegas de turma, e então você já consegue perceber quem vai ser legal, quem não, e o livro vai se desenvolvendo com tal graça, que de todos os personagens, uns você cria laços de amor e outros de raiva, ainda que sejam por crianças.
August possuí uma família daquelas que chamamos de ouro! Nate e Isabel (seus pais) e Olivia (sua irmã), são o que chamamos de super protetores, inclusive Olivia, é uma relação linda, não é uma família perfeita, eles brigam sim, discutem, choram, sorriem, mas um apoia o outro, um ajuda ao outro, como uma família bem constituída deve ser... Ao mesmo tempo que você não tem a visão dos pais de August, você ainda assim vê bem seus pensamentos, seus sentimentos e tudo aqui que certa o pensamento deles, com Olivia você tem a experiência de ver os conflitos de uma adolescente tanto em relação à sua vida como também os conflitos de ter uma irmão especial.
Você ter uma visão até do namorado da irmã do August, Justin, é engraçado, porém muito útil, cada personagem te mostra uma visão diferente do August, tanto física quanto espiritual (por assim dizer), de certa forma eu não tive uma visão concreta de como seria o rosto do nosso pequeno, mas uma leve impressão.
Ahhh, não posso me esquecer de forma alguma...
Daisy é a cachorra da familia e como não se apaixonar por animais de estimação de livros? Muitas vezes Daisy foi a melhor amiga de August, em seus conflitos emocionais e todo o resto.
Eu não me atreveria a falar de um livro como este sem falar do protagonista, é claro. August é especial, não só por sua deficiência, mas por que ele é um guerreiro, passar a vida toda lutando contra o preconceito não só de crianças maliciosas, mas de adultos que se esquecem que crianças são seres de luz e alma limpa. August é uma criança inteligente, engraçada, sincera e o mais engraçado é que as pessoas ainda que se aproximem dele por pena, acabam mudando sua opinião pela forma que ele cativa a todos.
O livro me proporcional algo especial, tanto em relação à minha familia, como na forma de enxergar o mundo, por que vocês sabem, as vezes ficamos obcecados em nós mesmos e acabamos se esquecendo de que o proximo também precisa de nossa ajuda, de que podemos sim nos doar um pouco mais, não por dó, mas por que precisamos estar prontos e saber que não estamos livres de depender dos outros, sejam eles amigos, familiares ou até mesmo da nossa companheira. Sempre, fazer o bem sem olhar a quem!
Como J. M. Barri (autor da peça Peter Pan) dizia: "A vida é uma grande lição de humildade."